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Entenda o tríduo pascal à luz da fé católica e da liturgia.

  • Foto do escritor: Pascom
    Pascom
  • 17 de abr.
  • 4 min de leitura

Período que marca o início do sacrifício do Cordeiro de Deus será celebrado na paróquia a partir desta quinta-feira, 17.

Padre Antônio na homilia do domingo de Ramos
Celebração do Domingo de Ramos. Foto: Lucivânia - PASCOM.

Para entender o significado do Tríduo Pascal do ponto de vista católico, é necessário mergulhar na liturgia, na oração e na reflexão sobre os eventos centrais da nossa fé: a entrega total de Jesus por amor à humanidade, sua morte redentora na cruz e sua gloriosa ressurreição, que venceu o pecado e a morte, abrindo para nós o caminho da vida eterna.


Quinta-feira Santa

  • Santos óleos – Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a bênção dos santos óleos (Crisma, Catecúmenos e Enfermos), usados pelas paróquias durante o ano. A celebração conta com bispos e sacerdotes da diocese, sendo um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.

  • Lava-pés – O Lava-pés, realizado na Quinta-feira Santa durante a celebração da Última Ceia, demonstra o amor de Jesus, enfatizando a humildade e o serviço como centrais em Sua mensagem, sendo um gesto litúrgico que repete a ação de Jesus, simbolizando o compromisso de servir à comunidade para a salvação de todos.

  • Instituição da Eucaristia – Na Missa da Ceia do Senhor, que inicia o Tríduo Pascal, a Igreja relembra a Última Ceia, quando Jesus ofereceu Seu Corpo e Sangue sob as espécies de pão e vinho, entregando-os aos apóstolos e ordenando que seus sucessores fizessem o mesmo. A "Eucaristia", de origem grega significando "ação de graças", designa a presença real de Jesus Cristo sob as aparências de pão e vinho.

  • Instituição do sacerdócio – A Santa Missa celebra a Ceia do Senhor, quando Jesus, na véspera de Sua Paixão, abençoou o pão e o deu aos discípulos, pedindo que repetissem o gesto em Sua memória. Com essas palavras, Jesus instituiu o sacerdócio católico, dando-lhes o poder de celebrar a Eucaristia.


Sexta-feira Santa

A tarde da Sexta-feira Santa relembra a morte de Cristo no Calvário, com a cruz como símbolo de salvação e esperança. A Paixão de Jesus, segundo João, nos convida a contemplar o mistério do Crucificado, junto ao discípulo Amado, à Mãe e ao soldado. Um ato simbólico deste dia é a veneração da santa cruz, apresentada solenemente à comunidade.

  • Via-sacra – Durante a Quaresma, muitos fiéis praticam a Via-Sacra para meditar sobre o sofrimento de Jesus até a crucificação. A Igreja propõe esta meditação para aprofundar na doação e misericórdia de Jesus. Em diversas comunidades, encena-se a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo através da meditação das 14 estações da Via-Crucis.


Sábado Santo

O Sábado Santo não é um dia vazio, mas de profundo significado: Cristo no sepulcro, tendo descido à mansão dos mortos. Após Seu último grito na cruz (“Por que me abandonaste?”), Jesus silencia no sepulcro, um descanso após a consumação de tudo (“tudo está consumado!”).

Vigília Pascal – A Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando Sua Paixão e Morte, Sua descida à mansão dos mortos, esperando, na oração e no jejum, Sua Ressurreição. A celebração noturna da Vigília Pascal ressalta a passagem do Senhor da morte para a vida, convidando os fiéis a vigiar com suas lâmpadas acesas, como os que aguardam seu senhor chegar (cf. Lc 12,35-36).   


Bênção do fogo – Fora da igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta dela, o sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida, o Círio Pascal é apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o padre faz nele uma cruz, dizendo palavras sobre a eternidade de Cristo. Assim, ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo – homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade.   


Procissão do Círio Pascal – As luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o Círio e o ergue, por algum tempo, proclamando: “Eis a luz de Cristo!”. Todos respondem: “Demos graças a Deus!”. Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na igreja. O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança em procissão.   


Proclamação da Páscoa – O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração incensa o Círio Pascal. Em seguida, a Páscoa é proclamada. Esse hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, a alegria do Céu, da Terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a proclamação, apagam-se as velas.   


Liturgia da Palavra – Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da Palavra. As leituras da vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: “E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras” (Lc 24, 27).   


Na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, você pode acompanhar todas essas celebrações na igreja matriz ou pela TV Mãe Auxiliadora clicando aqui.


 
 
 

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